Sexualidade, Tabus e Medos
A Educação Sexual, o sexo e a sexualidade são tratados como conteúdos ligados à saúde, isso decorre do fato de serem parte de modelos lógicos de conhecimento social disciplinar instaurados desde o século XVIII. Com o credo liberal surgiram as teorias sobre o comportamento humano que dão primazia ao intelecto, desprezando as demais dimensões do conhecimento humano, principalmente as emoções, os sentimentos e o prazer, denominando essas dimensões como pertinentes ao ócio, à negação ou ausência de trabalho. forma, a sexualidade aparece atrelada desde sua origem à repressão, à interdição, firmada desde o momento da passagem do sexo natural para o sexo cultural, simbolizado e sujeitável (UBERTI, 2000). Através da ciência e seus conceitos, as formas de sexualidade não-conjugal, não-heterossexual e não-monogâmica são negadas como impuras, pois envolve uma questão cultural em que os valores morais são ditados pela religião ou pelas influências grupais, além disso existe uma abordagem higienista em que a sexualidade está vinculada aos programas de saúde e de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, isto também decorre dos aspectos culturais, pois durante séculos doenças como sífilis e gonorreia não tinham cura levando à morte, principalmente as crianças (BONETTO, 2007). Diante disso, estudar a sexualidade atualmente implica em superar os conceitos e preconceitos postos social e culturalmente e que devem ser permeados pelo ensino aprendizagem dentro da atuação educativa da escola. Assim, o tema abordado neste estudo é a discussão de mitos e preconceitos que envolvem a educação sexual. É preciso falar sobre o assunto! Sexta: 19h (03/07)